"Por ter plena consciência da gravidade dos factos ocorridos [na discoteca k Urban Beach] e por respeito à sua equipa de colaboradores, aos seus clientes, bem como ao público em geral, a Administração da PSG, dentro da responsabilidade social que lhe cabe, deliberou que irá cessar todos os contratos referentes a estabelecimentos de diversão noturna, com a finalidade de se distanciar de situações semelhantes, já que malogradamente, não conseguiu evitar as ocorridas", pode ler-se no comunicado hoje divulgado.
No mesmo documento, a PSG diz que estes espaços representam cerca de 3% do negócio da empresa.
"Pelo respeito que merecem os seus clientes institucionais, públicos e privados, que confiam, para a proteção de pessoas e bens, na qualidade e formação dos serviços prestados pelos seus trabalhadores, a PSG bem como os restantes trabalhadores, não se revê, de forma alguma, nos atos praticados no passado dia 1 de novembro, sendo os mesmos completamente contrários aos valores, princípios, normas e diretivas da empresa", diz a PSG num comunicado divulgado hoje.
A empresa diz que tem optado pelo silêncio para "permitir que os órgãos de policia criminal e demais entidades responsáveis possam realizar o seu trabalho, sem qualquer tipo de interferência, colaborando ativamente em tudo o que lhe foi solicitado", dizendo também que instaurou "os necessários processos disciplinares e suspendeu preventivamente os trabalhadores envolvidos no incidente".
Recorde-se que esta tarde foram conhecidas as medidas de coação aplicadas aos três seguranças da PSG detidos na sequência do episódio de agressões na passada quarta-feira, dia 1, no espaço de diversão noturna em Lisboa.
A audição dos seguranças detidos pela PSP começou hoje depois das 13:30, no Campus da Justiça de Lisboa. Horas depois, o tribunal divulgou um comunicado “para salvaguardar a tranquilidade pública”.
De acordo com a nota, a dois dos arguidos foi imputada a “autoria de um crime de homicídio qualificado na forma tentada”.
O terceiro, a quem é imputado o crime de ofensa à integridade física, saiu em liberdade, mas sujeito a várias medidas de coação, nomeadamente termo de identidade e residência, proibição de contactar com as vítimas e com os coarguidos, além de ficar impedido de exercer a atividade de segurança privada.
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