Nas últimas horas, foram confirmadas 50 mortes nos distúrbios.
“O protesto social pacífico, que respeita o Estado de direito, é legítimo numa sociedade democrática. A União Europeia reitera a sua condenação a atos generalizados de violência, bem como o uso desproporcional de força pelas autoridades de segurança”, apontou, em comunicado.
Bruxelas espera que as instituições nacionais investiguem e julguem os “responsáveis pelos abusos ou violações dos Direitos Humanos”.
A União Europeia defendeu ainda que as crises sociais e políticas devem ser enfrentadas com “total respeito pela ordem constitucional, pelo Estado de direito e pelos direitos humanos”.
No mesmo documento, Bruxelas exortou o Governo e “todos os atores políticos a adotar medidas urgentes para restabelecer a calma e garantir um diálogo inclusivo”.
As mobilizações no Peru vão prosseguir para exigir a demissão da Presidente Dina Boluarte, indicaram, esta sexta-feira, dirigentes e ativistas envolvidos nos protestos, um dia após uma grande manifestação e confrontos em Lima e em outras regiões do país.
“A luta vai prosseguir em todas as regiões até à demissão de Boluarte e à satisfação das nossas reivindicações, eleições este ano e um referendo para uma Assembleia constituinte”, disse à agência noticiosa AFP Gerónimo López, secretário-geral da Confederação geral dos trabalhadores do Peru (CGTP).
Os protestos começaram após a destituição e detenção do então Presidente peruano Pedro Castillo (de esquerda), acusado de ter tentado um “golpe de Estado” ao pretender dissolver o parlamento que se preparava para o destituir.
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