1. O que um Senado republicano pode implicar para os EUA
Apesar de Joe Biden já ter garantido votos suficientes para ser eleito como o próximo Presidente dos EUA, os republicanos têm atualmente a maioria dos lugares no Senado (50 republicanos contra 48 democratas). Por isso, embora Biden queira colocar já em prática o seu plano climático, estará dependente das duas cadeiras que faltam contabilizar na Geórgia.
Perante esta conjuntura, a jornalista Emily Holden, do The Guardian, explica, a partir de Washington, que, “provavelmente, existirão gastos em larga escala em infraestrutura verde, como energia renovável, veículos elétricos e transporte público. Mas qualquer esperança de requisitos climáticos para as empresas, como um padrão de energia limpa, é ínfima”.
Se Biden conseguir aprovar o seu plano climático na totalidade, as emissões dos EUA nos próximos 30 anos reduziriam-se em cerca de 75 giga toneladas, evitando um aumento da temperatura em 0,1º C até 2100, de acordo com o Climate Action Tracker. Pode parecer um número pequeno, mas tornar--ia possível diminuir significativamente os danos da crise climática e também estimular a redução da poluição em outros países.
Para ler na íntegra em The Guardian
2. O percurso que a América tem de fazer para voltar ao Acordo de Paris
Os EUA saíram oficialmente do Acordo de Paris na semana passada, sob a administração de Trump, mas Biden já garantiu que o país irá regressar. O órgão de comunicação social InsideClimate News explica o que novo presidente norte-americano terá de fazer para voltar ao acordo internacional.
A tarefa de tornar os EUA um país mais verde é mais complicada do que pode parecer, mas “necessária”, diz o jornalista Bob Berwyn. Para que tal aconteça Biden precisa do apoio de vários setores da sociedade americana: “se for apoiado por políticas climáticas nacionais ambiciosas, uma recuperação verde, tiver o apoio do Congresso e um impulso renovado para a colaboração internacional em várias iniciativas climáticas, a reentrada dos EUA poderia ajudar a revigorar os esforços mundiais para a transição para uma economia de carbono zero líquido até 2050”, explica o artigo.
Para ler na íntegra em InsideClimate News
3. Políticos americanos que votaram contra o clima receberam mais dinheiro de empresas
Uma análise da Bloomberg Green às contribuições corporativas durante a campanha revelou que a grande maioria do dinheiro - mesmo de empresas que têm planos climáticos divulgados - foi atribuído a legisladores que votaram contra medidas de ação ação climática.
Dos 68 milhões de dólares doados aos membros do Congresso e do Senado desde 2018, metade foi para candidatos que votaram a favor de legislação para a ação climática 10% ou menos das vezes - o equivalente a uma pontuação vitalícia de 10% na League of Conservation Voters, uma organização sem fins lucrativos norte-americana que defende que os valores ambientais devem passar a ser prioridades nacionais. Nesta categoria estão incluídos 40% dos membros do Congresso.
Por cada dólar que um membro do Congresso que votou a favor de medidas de ação climática durante estes últimos quatro anos recebeu, quem votava contra recebia 1,84 dólares - quase o dobro do valor.
Para ler na íntegra em Bloomberg
4. Mudar para hábitos sustentáveis não é sinónimo de gastar mais dinheiro
O YEARS Project lançou uma série de vídeos explicativos sobre sustentabilidade, demonstrando como os americanos não precisam de sacrificar o seu estilo de vida para enfrentar a crise climática. Caso os Estados Unidos utilizassem mais energia renovável poderia inclusive ajudar a economizar milhares de dólares a famílias americanas todos os anos, impulsionar uma economia pós-Covid e criar dezenas de milhões de empregos.
A chave, diz Saul Griffith, é fornecer um financiamento inicial que garanta uma mudança na produção de energia de combustíveis fósseis para eletricidade gerada por energia solar, eólica e outras fontes não carbono.
Por cá: Projeto Ding Dong quer mostrar as iniciativas verdes que Portugal tem para oferecer
Uma viagem sustentável para um destino verde dentro do país. Foi este o desafio que o Ding Dong, um projeto financiado pela União Europeia, propôs a três diferentes influencers portugueses: Catarina F. P. Barreiros, Anna Masiello e Afonso Cabral Lopes.
O desafio Ding Dong funciona como uma espécie de corrida de estafetas, com passagens de testemunho. A Catarina irá partir de Lisboa e viajar até Santarém, onde passará a "pasta" à Anna, que visitará Arouca e que, por sua vez, passará o testemunho ao Afonso, que termina a viagem no Gerês. A viagem poderá ser acompanhada nas redes sociais de cada um, bem como nas páginas do projeto Ding Dong. Mas afinal de contas, o que é o Ding Dong?
O objetivo do Ding Dong é mostrar os melhores projetos verdes, ativos em diferentes partes do país, ao mesmo tempo que ensina como fazer viagens com o mínimo de impacto ambiental possível. A iniciativa não decorrer apenas em Portugal, há outros quatro países se juntaram ao projeto: Bélgica, Alemanha, Grécia e Lituânia. Ou seja, um total de 15 influencers de cada um destes países vão visitar mais de 70 projetos verdes nos seus territórios.
A campanha durará seis semanas, desde a preparação para a viagem, o percurso e, claro, o destino final: a visita a projetos sustentáveis, onde os criadores de conteúdo irão participar fisicamente num grande "desafio verde" com o resto da comunidade. Além disso, haverá mini-desafios que lhes são lançados ao longo da viagem, promovendo a sustentabilidade em várias áreas e tarefas. Exemplos? Viajar com apenas cinco peças de roupa ou como fazer compostagem com caixas de esferovite.
Para ler na íntegra no SAPO24
Edição e seleção por Larissa Silva
Comentários