Em entrevista hoje à rádio francesa Franceinfo, o comissário disse que caso os países europeus aumentassem o seu investimento na Defesa para o valor aconselhado pela NATO, cerca de 2% do PIB, a União Europeia teria disponíveis entre 65 a 70 mil milhões de euros a mais por ano para comprar armamento.
Apesar de investir mais na defesa do que a Rússia, o comissário europeu indicou que “tem de haver mais coordenação” entre os 27 de forma a “aumentar a eficácia” das forças europeias.
Breton considerou que a invasão da Ucrânia pela Rússia, iniciada em 24 de fevereiro, acelerou “esta tomada de consciência” por parte dos parceiros europeus.
Estas declarações ocorreram à margem do Conselho Europeu, que termina hoje em Versalhes, França, onde está prevista uma declaração que visa “aumentar substancialmente as despesas de defesa”, relembrando o compromisso de defesa mútua dos 27.
Este será um apelo importante especialmente para a Finlândia e a Suécia, dois Estados-membros que não pertencem à NATO e que recentemente foram alvo de ameaças por parte de Moscovo.
A Rússia lançou na madrugada de 24 de fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que causou já a fuga de mais de 2,5 milhões de pessoas para os países vizinhos — o êxodo mais rápido na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, e muitos países e organizações impuseram sanções à Rússia que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 16.º dia, provocou um número ainda por determinar de mortos e feridos, que poderá ser da ordem dos milhares, segundo várias fontes.
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