Concluída esta etapa do processo no Conselho da UE, falta a negociação com o Parlamento Europeu (PE).
“Com a invasão da Ucrânia pela Rússia, a guerra chegou às nossas portas. A indústria de Defesa da União Europeia enfrenta desafios sem precedentes para fazer face à realidade e às lacunas existentes”, considerou em comunicado o ministro da Defesa da Suécia, país que está a concluir o mandato na presidência rotativa do Conselho da UE.
Pål Jonson acrescentou que é preciso “fazer tudo o que estiver ao alcance” dos 27 para incentivar “a base industrial de Defesa europeia a produzir mais”.
A proposta de regulamento do ASAP (Act in Support of Ammunition Production, que é também um acrónimo em inglês para “o mais rapidamente possível”) incluiu financiamento e tem como propósito responder à escassez de munições nos ‘stocks’ dos 27, assim como ajudar a cumprir o desígnio da UE de entregar um milhão de munições de artilharia à Ucrânia nos próximos 12 meses.
A Comissão Europeia comprometeu-se com uma verba de 500 milhões de euros para financiar o programa.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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