Kiev e os seus apoiantes ocidentais acusaram a Rússia de utilizar ‘drones’ de fabrico iraniano para efetuar ataques na Ucrânia no decurso das últimas semanas.
“Estamos a coordenar-nos com os nossos parceiros e aliados para adotar novas sanções contra o Irão, em resposta à proliferação de ‘drones’ iranianos”, anunciou Ursula von der Leyen no decurso de uma conferência anual sobre segurança organizada no Bahrein, um pequeno reino do Golfo situado perto das costas iranianas.
Reino Unido, Canadá e UE já impuseram sanções a responsáveis iranianos e empresas de armamento, justificadas pelo fornecimento de ‘drones’ à Rússia, mas também pela repressão das manifestações na República islâmica.
A chefe da Comissão Europeia considerou que o Irão “faz equipa” com a Rússia para “sabotar as regras e os princípios de base da ordem mundial”.
No início de novembro, o Irão reconheceu ter fornecido ‘drones’ à Rússia, mas assegurou que as entregas decorreram antes da ofensiva na Ucrânia.
“Desde há vários anos que diversos países do Golfo alertam contra o risco de o Irão alimentar de ‘drones’ os Estados párias”, declarou Ursula von der Leyen.
Na sua perspetiva, a UE levou “demasiado tempo a entender um facto simples: a necessidade de contrariar “outras formas de proliferação de armas, desde os ‘drones’ aos mísseis balísticos”, para além dos esforços internacionais para impedir o Irão de possuir a bomba atómica.
Esta proliferação constitui “um risco para a segurança, não apenas do Médio Oriente, mas para todos nós”, acrescentou.
A Arábia Saudita e outros Estados do Golfo acusam o Irão de apoiar e fornecer armas a movimentos armados no Médio Oriente, dos rebeldes Huthis no Iémen ao Hezbollah libanês.
Comentários