"Essas questões são tratadas no sítio próprio. É importante passar a todos os portugueses, nomeadamente aos portugueses que residem na região Norte, que o IPO é uma casa de confiança. Aqui praticam-se cuidados de saúde do melhor que se pratica no mundo inteiro na área da oncologia com inovação e investigação permanentes, com profissionais dedicados e com uma cultura de serviço público que duvido que se consiga melhor", disse Francisco Ramos.
O governante, questionado se operação “Teia”, na qual chegou a ser detido o anterior presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, poderia afetar a imagem da unidade de saúde sublinhou: "Não tem nenhuma razão para afetar".
"Justifica-se que a confiança se mantenha. O IPO continua e continuará a funcionar muitíssimo bem. Os portugueses podem manter a sua confiança de que encontrarão aqui as melhores respostas possíveis", disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, que falava aos jornalistas à saída de uma reunião com o novo presidente do conselho de administração do IPO do Porto, professor e investigador Rui Henrique.
Francisco Ramos disse que esta visita ao IPO do Porto serviu para assinalar a entrada em funções do novo conselho de administração e "perspetivar os trabalhos futuros" de uma instituição à qual chamou "uma das joias da coroa do Serviço Nacional de Saúde".
Questionado ainda sobre a demora na troca de conselho de administração, uma vez que o anterior presidente do IPO do Porto, Laranja Pontes, estava em gestão corrente há cerca de dois anos e meio, devido à limitação do número de mandatos, aguardando pela indicação de substituto, Francisco Ramos considerou a situação "natural".
"Neste último ano tem sido um processo de mudança de dezenas de administrações de hospitais. Tem vindo a acontecer de forma natural e paulatina", disse.
Já o novo presidente do IPO do Porto, Rui Henrique, designado pelo Governo no dia 06 de junho, frisou a ideia de que esta unidade de saúde "continuará a prestar cuidados a todos os seus doentes com a mesma qualidade, excelência e dedicação dos últimos 45 anos".
"O que sucedeu há duas semanas [referindo-se à operação ‘Teia’] foi um episódio na vida da instituição que naturalmente causa a perturbação que causa, mas não causa o mínimo de alteração na prestação de cuidados aos nossos pacientes que são a razão da nossa existência e o foco da nossa missão", referiu.
Rui Henrique acrescentou que este novo conselho de administração quer "dar continuidade à visão estratégica do IPO", falando em "cultura de instituição" e "missão de serviço público a cumprir", mas sublinhou que "agora se abre um novo ciclo".
"Não é uma continuidade com as pessoas. Somos todos diferentes e temos todos formas diferentes de ser. É uma continuidade na estratégia. Houve um ciclo que se encerrou com o doutor Laranja Pontes e agora é o nosso novo ciclo que tem de se abrir", concluiu.
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