“Já declarámos Jerusalém Oriental como a capital do Estado palestiniano, mas não conseguimos abrir a nossa embaixada, porque Jerusalém está atualmente ocupada. Mas, se Deus quiser, vamos abrir a nossa embaixada lá”, assegurou Recep Tayyip Erdogan, numa iniciativa do seu Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP, conservador islâmico).
No passado dia 13, os países da Organização para a Cooperação Islâmica acordaram, numa cimeira em Istambul, reconhecer Jerusalém Oriental como a capital de um futuro Estado palestiniano e convidaram o resto do mundo a fazer o mesmo.
O governo turco e o presidente Erdogan estão entre as vozes mais críticas face ao anúncio, no dia 06, do presidente norte-americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel e de transferir para a cidade a embaixada dos Estados Unidos, que se encontra em Telavive.
Erdogan acusou os Estados Unidos de violarem acordos internacionais e de incendiarem toda a região do Médio Oriente com aquela decisão.
Israel ocupa Jerusalém Oriental desde 1967 e, em 1980, anexou e proclamou a cidade como sua capital indivisa.
A comunidade internacional nunca reconheceu Jerusalém como capital de Israel, nem a anexação da parte oriental da cidade.
Os países com representação diplomática em Israel têm as embaixadas em Telavive, em conformidade com as resoluções das Nações Unidas, de que o estatuto de Jerusalém terá de ser definido no âmbito de negociações israelo-palestinianas.
Os palestinianos aspiram a fazer de Jerusalém Oriental a capital do seu futuro Estado.
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