“Durante os últimos anos tivemos tensões com a UE e alguns países europeus, devido a acusações injustas. Não podemos ficar silenciosos quando aplicam um duplo critério para avaliar o nosso país. Mas estamos gradualmente a deixar para trás essa época”, disse o mandatário num discurso retransmitido pela cadeia televisiva CNNTürk.

O Presidente turco sublinhou que a UE se mantém o maior parceiro comercial da Turquia e acolhe cinco milhões de pessoas com raízes turcas.

“Não podemos, de nenhuma forma, virar as costas a uma região assim”, insistiu Erdogan, que nos últimos anos protagonizou momentos de tensão com vários países europeus, em particular com a Alemanha, Holanda e Áustria.

“Entraremos num período em que percorreremos um caminho conjunto com a Europa em assuntos políticos, económicos e humanitários”, acrescentou.

Em paralelo, Erdogan reafirmou as suas críticas dirigidas aos Estados Unidos, que acusou de “hostilidade” face à Turquia e de apoiar “grupos terroristas” na Síria, numa referência às milícias curdas Unidades de Proteção do Povo (YPG).

No seu discurso, o chefe de Estado turco também se referiu à evolução positiva das negociações com Moscovo e Teerão sobre a situação na Síria, e reiterou a oposição de Ancara às sanções impostas por Washington ao Irão.

“Pensamos que as ameaças de sanções contra o Irão não são justas. Não é correto tentar solucionar com sanções problemas que se podem facilmente resolver. Para mais, a experiência demonstra que não deram qualquer resultado”, concluiu Erdogan.