“O ‘relatório’ publicado sobre as operações anti-terror no sudeste é enviesado, baseado em informação falsa e longe de ser profissional”, segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Um relatório do gabinete das Nações Unidas para os direitos humanos apresenta evidências de “destruição massiva, homicídios e numerosas outras violações graves dos direitos humanos cometidos entre julho de 2015 e dezembro de 2016 no sudeste da Turquia” com “operações de segurança do Governo” a levar à deslocação de entre 335 e 500 mil pessoas, sobretudo curdos.
Centenas de mortes ilegais e a destruição de quase 1.800 edifícios são algumas das denúncias do relatório, de 25 páginas, que se baseia em relatos confidenciais ou públicos, imagens de satélite e outras fontes, porque os investigadores da ONU não conseguiram aceder às áreas curdas, apesar de terem tentado ao longo de um ano.
O relatório informa que mais de 30 localidades ficaram totalmente destruídas, refere desaparecimentos massivos, incitação ao ódio, bloqueio do acesso a ajuda médica de emergência, a comida, água ou a qualquer tipo de assistência, assim como de violência sexual contra as mulheres.
“Estou particularmente muito preocupado porque não foi feita nenhuma investigação credível sobre o suposto homicídio de centenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, num período de 13 meses”, disse o alto-comissário dos Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, citado num comunicado.
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