Os manifestantes concentraram-se na avenida Bourguiba, apesar dos muitos controlos, respondendo ao apelo de diferentes formações da oposição ao presidente, entre as quais o partido de inspiração islamita Ennahdha, afirma a agência France Presse, que cita fontes locais.
“Vim enquanto democrata e partidário de Moncef Marzouki”, o ex-presidente tunisino (2011-2014) que reside em Paris, disse um dos participantes à AFP.
Segundo a France Presse, uma parte da avenida foi interditada, existindo postos de controlo para impedir o avanço dos manifestantes.
Entre as palavras de ordem ouviam-se gritos de “o povo contra o golpe de Estado” e “eleva a voz, a revolução não morre”, acrescenta.
Saied invocou, no passado dia 25 de julho, um “perigo iminente” para demitir o primeiro-ministro, suspender o parlamento e tomar para si o poder judiciário, tendo, em 22 de setembro, promulgado um decreto que oficializa a suspensão de vários capítulos da Constituição e instaura “medidas excecionais” para realizar “reformas políticas”, entre as quais emendas à lei fundamental de 2014.
O presidente passou a legislar e a presidir ao Conselho de Ministros, tendo nomeado, em 29 de setembro, a geóloga Najla Bouden como primeira-ministra, aguardando-se a formação de um novo governo.
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