De acordo com o Centro de Prevenção Meteorológica vietnamita, o Goni está a progredir no mar da China do Sul em direção ao centro do país, já debilitado devido à passagem pelas Filipinas, com ventos sustentados até 75 quilómetros por hora (km/h), embora seja possível que volte a fortalecer-se antes de chegar à costa central do Vietname, na quinta-feira.
Descrito pelos meteorologistas como o tufão mais forte deste ano, com rajadas de vento de 280 km/h, a tempestade tropical perdeu força ao tocar terra na província filipina de Luzon, mas ainda assim com ventos de 125 km/h e rajadas de 170 km/h.
O Goni, que se formou no oceano Pacífico com “ventos destrutivos”, causou inundações e aluimentos de terra, principalmente na ilha de Luzon, no norte do arquipélago, afetada também este domingo pela tempestade tropical Atsani.
O Departamento de Defesa das Filipinas indicou que as mortes ocorreram na região de Bicol, no nordeste, onde às inundações e aos ventos fortes se juntou uma corrente de lava fria, conhecidos como ‘lahar’, procedente do vulcão Mayon.
Pelo menos 390.200 pessoas estão atualmente deslocadas nas Filipinas, mais de 49 mil fora dos centros de evacuação, indicou o canal televisivo GMA.
As autoridades do Vietname estão a preparar a chegada do Goni, depois de um trágico mês de outubro na região central do país, onde mais de 160 pessoas morreram e 70 estão desaparecidas na sequência de quatro tempestades consecutivas.
A última, o tufão Molave, deixou pelo menos 29 mortos e 51 desaparecidos, de acordo com o Centro de Gestão de Desastres vietnamita.
As equipas de socorro militares deslocadas nas zonas mais afetadas estão a trabalhar contra o tempo à procura dos desaparecidos, muitos dos quais soterrados sob aluimentos de terra.
Em 2019, o Vietname contabilizou 132 mortos na sequência de desastres naturais, um número muito inferior ao previsto para este ano em que o país já registou nove grandes tempestades, sendo o Goni a décima.
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