“Se o México não parar imediatamente toda a imigração ilegal que chega aos Estados Unidos (…) fecharei a fronteira, ou grande parte dela, na próxima semana”, escreveu Donald Trump na sua conta da rede social Twitter.

Na quinta-feira, o Presidente do México, Andrés Lopez Obrador, disse que queria “evitar a todo o custo” um confronto com os EUA, dizendo que estava disponível para ajudar no problema da imigração ilegal, embora sem apresentar medidas concretas.

“Seria extremamente fácil para o México, mas eles apenas ficam com o nosso dinheiro e ‘falam’. Além disso, perdemos tanto dinheiro com eles, especialmente quando se junta a isto o tráfico de droga, etc”, escreveu hoje Donald Trump.

O Presidente norte-americano ameaça agora encerrar a fronteira “por um longo tempo”, dizendo que está a ser muito sério sobre esta questão, mesmo que isso implique dano no comércio com o México.

“Eu não estou a brincar”, afirmou Trump, no final de um comício em Grand Rapids, no Estado do Michigan, na quinta-feira à noite, referindo-se à sua intenção de encerrar as fronteiras com o México.

Um funcionário do Departamento de Estado de Segurança Interna sugeriu hoje que a ameaça de Trump pode estar relacionada com a constatação de aumento de famílias da América Central que cruzam a fronteira entre o México e os EUA.

Segundo o Departamento de Estado, as autoridades fronteiriças detiveram mais de cem mil pessoas, no último mês, na fronteira com o México, por estarem ilegais, incluindo famílias com crianças.

Para dar resposta ao problema, o governo norte-americano reforçou com mais 750 inspetores a polícia fronteiriça.

O Congresso recusou autorizar uma verba de mais de cinco mil milhões de euros para construir um muro na fronteira com o México, pedida pelo Presidente dos EUA que, perante essa recusa, declarou estado de emergência nacional, alegando razões de segurança, para poder alocar dinheiro para segurança nas fronteiras, incluindo a construção desse muro.

O Partido Democrata já contestou essa declaração de emergência, com governadores de vários Estados a contestarem a medida em tribunais.