O funcionário, engenheiro civil, foi ouvido na quinta-feira em primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicadas como medidas de coação, “a suspensão do exercício de funções, as proibições do exercício da atividade profissional de engenheiro civil, de frequentar as instalações da autarquia e de contactar com testemunhas e outros arguidos”, anunciou a Procuradoria da Comarca de Faro na sua página na internet.

O funcionário, de 65 anos, é suspeito de solicitar quantias monetárias a particulares para pareceres técnicos contrários à lei, mas favoráveis ao licenciamento de obras.

De acordo com a Procuradoria, o inquérito prosseguirá sob a direção do Ministério Público, da 2.ª secção de Faro do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), com a investigação a cargo da Diretoria do Sul da Polícia Judiciária.

Esta já é a segunda vez, nos últimos dois anos, que se procedem a detenções de funcionários da secção de obras daquele município algarvio, depois de em 2016 terem sido detidas duas fiscais de obras por suspeitas do mesmo crime.