“Há um histórico, aliás já sinalizado pelo ministro da Defesa Nacional, relativamente a um débito da Região. Quero deixar uma palavra de apreço, pois no momento em que falei com o ministro da Defesa, houve a disponibilidade para encontrarmos, de forma solidária, uma solução quanto ao histórico e ao passado e regularizar no que diz respeito ao relacionamento futuro”, afirmou José Manuel Bolieiro, em declarações aos jornalistas.
O chefe do executivo açoriano, de coligação PSD/CDS-PP/PPM, falava no Palácio de Sant’Ana, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, após receber em audiência o novo comandante da Zona Aérea dos Açores, João Gonçalves.
José Manuel Bolieiro destacou “o esforço” que a Força Aérea faz, designadamente no transporte de doentes, sobretudo dos Açores para o continente, e não tanto inter-ilhas, porque “este é feito de forma voluntariosa e generosa”.
“Há um débito. Este foi um legado de facto recebido por este Governo e que, naturalmente, estará em boa articulação com o Governo da República e em particular pelo Ministério da Defesa Nacional”, vincou Bolieiro, enaltecendo o desempenho da Força Aérea e do Comando da Zona Aérea nos Açores nesta matéria.
O presidente do Governo Regional dos Açores realçou o serviço “inquestionável” das Forças Armadas no apoio às populações do arquipélago açoriano.
José Manuel Bolieiro, exemplificou com a situação ocorrida há mais de um ano no Corvo, a mais pequena ilha dos Açores, onde foi necessário proceder a um reforço do abastecimento de combustível, devido às condições climáticas.
“A verdade é que podemos contar com a Força Aérea numa colaboração pronta, destemida de apoio às populações e conseguimos assim evitar, com esta boa cooperação, o colapso do abastecimento à ilha do Corvo de combustível essencial para o normal funcionamento da iluminação e de todo o funcionamento elétrico da ilha do Corvo”, assinalou.
José Manuel Bolieiro realçou igualmente o apoio prestado pela Força Aérea ao Serviço Regional de Saúde, no que se refere ao transporte de doentes, de forma especial, nas ilhas sem hospital e dos Açores para o continente, assim como no quadro do apoio à Proteção Civil e em missões de salvamento no arquipélago.
O novo comandante da Zona Aérea dos Açores, João Gonçalves, que tomou posse recentemente, disse que na Região “existe uma especial incidência” de missões de busca e salvamento “num espaço muito amplo”, o que, “por si só, traz dificuldades”.
“Estamos cá para cumprir a nossa missão e a nossa missão é fundamentalmente o bem-estar e a salvaguarda da vida humana de todos que visitam a Região”, frisou João Gonçalves.
Questionado sobre os meios da Força Aérea, disse serem adequados.
“O que está articulado e em funcionamento é adequado e vai-se ajustando em função das necessidades. Mas, tem funcionado e a prova têm sido os imensos resgates e evacuações que temos feito”, acrescentou.
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