A sentença foi declarada na terça-feira no Inner Court de Londres a nove anos e 10 meses de prisão pela posse com intenção de fornecer drogas de classe A, B e C, ou seja, desde cocaína, heroína ou LSD a comprimidos calmantes.
Ângelo Jardim, de 49 anos, vivia em Londres e foi preso em setembro do ano passado quando a polícia teve a informação de que a casa onde vivia estava a ser usada para o tráfico de drogas e onde os agentes encontraram, além de substâncias ilícitas, 13.000 libras (cerca de 15 mil euros) em dinheiro.
Num outro imóvel encontraram mais drogas em grande quantidade, resultando na sua acusação, tendo a polícia descoberto que o português estava envolvido na organização de festas 'Chemsex', com homens que conhecia através da aplicação móvel 'Grindr'.
'Chemsex' é um termo inglês que junta as palavras "sexo" e "química" e consiste no uso de drogas sintéticas, como mefedrona, metanfetamina e desinibidores como GHB ou ketamina, que podem favorecer de comportamentos sexuais sem segurança.
O fenómeno é identificado com homossexuais e tem sido alvo de alguma cobertura mediática no Reino Unido devido aos comportamentos de risco e às situações de toxicodependência.
O agente da polícia Francis Stanton admitiu que "muitos criminosos da cena de 'Chemsex' estavam a passar fora do radar e não foram detetados", mas "a polícia está a fazer avanços significativos na forma como apanha esses criminosos".
O agente vincou que em causa está que estas pessoas "não só violam a lei ao traficar drogas, mas também têm uma impacto negativo nas famílias e nas comunidades, tornando as pessoas viciadas em substâncias ilegais".
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