Numa declaração feita esta segunda-feira na Câmara dos Comuns, em que deu conta da aprovação formal no domingo em Bruxelas do Acordo de Saída do Reino Unido da UE, May apresentou uma escolha aos deputados.
“Esta câmara pode apoiar este acordo, concretizar a votação do referendo e avançar para a construção de um futuro mais brilhante de oportunidades e prosperidade para todos. Ou esta Câmara pode optar por rejeitar este acordo e voltar à estaca zero”, resumiu.
A primeira-ministra admitiu que “ninguém sabe o que aconteceria se o acordo não fosse aprovado”, mas advertiu para “mais discórdia e mais incerteza, com todos os riscos que isso acarretaria”.
May invocou o “interesse nacional” e o desejo de “unir novamente como país, seja qual for a maneira que tenhamos votado” no referendo de 2016.
O líder da oposição, o trabalhista, Jeremy Corbyn, reiterou a oposição ao documento, e qualificou como um “ato de automutilação nacional” a insistência de May em defender este acordo devido ao risco de ser rejeitado.
Os partidos da oposição, nomeadamente o partido Trabalhista, os Liberais Democratas e o Partido Nacionalista Escocês, manifestaram a intenção de chumbar o acordo, juntamente com dezenas de deputados do partido Conservador e do Partido Democrata Unionista, aliado do governo.
O voto deverá ter lugar nas próximas semanas, numa data ainda por anunciar, tendo a imprensa britânica avançado a segunda semana de dezembro como a data mais provável.
Corbyn reivindicou a necessidade de um plano B para uma solução que garantir uma maioria parlamentar, ou seja, um acordo “com base numa união aduaneira abrangente, um forte acordo com o mercado único que proteja os direitos dos trabalhadores e a proteção ambiental”.
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