“A utilização das termas tem de ser feita agora por marcação prévia e isso permitirá ser mais fácil controlar a carga de clientes no balneário e enquadrar os tratamentos ao longo do dia, o que não conseguíamos fazer antigamente”, explicou a administradora das Termas de Chaves, Fátima Correia Pinto .
Antes da pandemia de covid-19, que forçou o encerramento das termas em março, muitos clientes não marcavam antecipadamente os tratamentos nas termas mas apenas os hotéis na cidade de Chaves, no distrito de Vila Real, acrescentou.
O balneário flaviense, a par das Termas de São Pedro do Sul, foi um dos dois equipamentos em 46 estabelecimentos do país a reabrirem hoje, após as condições da DGS para reabrir as termas divulgadas no domingo, divulgou hoje a Câmara de Chaves, em comunicado.
Após a reabertura, as consultas e os tratamentos termais vão iniciar-se na terça-feira, sublinhou a responsável.
“Como vai funcionar tudo por marcações prévias, estamos a ligar a todos os clientes que durante o tempo em que o equipamento esteve encerrado deixaram os contactos para fazerem marcações e agendar os tratamentos”, realçou.
Fátima Correia Pinto referiu ainda que desde meados de março, quando o equipamento fechou devido à pandemia, todos os dias houve “dezenas de contactos” por parte de clientes.
A administradora das Termas de Chaves destacou que agora é preciso organizar a agenda de marcação do equipamento com a dos termalistas.
“Algumas das pessoas têm de marcar férias e hotéis e isso tem de ser feito com antecedência. Ainda assim, temos já bastantes clientes com marcações para tratamentos”, atirou.
Dos tratamentos termais que o equipamento de Chaves faz ao longo do ano, a ‘pulverização faríngea’ [inaloterapia bocal] e a fisioterapia em piscina não irão ser para já retomados por indicação da DGS.
“O tratamento em piscina, como é na água, pela proximidade entre o técnico e o cliente e pelo facto de não se poder usar máscara não irá ser feito, sendo substituído por tratamento a seco”, explicou.
Os tratamentos de ‘spa’, como o banho turco e massagens faciais, também não irão ser feitas para já, disse ainda.
Após um ano de 2019 de números recorde de faturação e fluxo de clientes, a administradora das Termas de Chaves referiu que não será possível recuperar as perdas devido à pandemia e que “o mais importante nesta reabertura é a segurança”.
“Mais importante é que as pessoas que venham com a máxima segurança, para que não exista nenhum caso em resultado do mau funcionamento do balneário. Acima de tudo está a segurança dos clientes e dos colaboradores”, vincou.
Na “Orientação” para Estabelecimentos Termais, publicada no domingo na página da Internet da DGS, restringe-se a admissão a utentes “sem sintomas” de infeção pelo novo coronavírus e “sem contacto próximo com casos suspeito ou confirmado”, aferidos por uma “triagem prévia não presencial com um máximo de 72 horas” de antecedência da consulta ou tratamento.
Garantir “uma ventilação adequada de todos os espaços”, reforçar a limpeza e desinfeção das instalações, retirar das salas de espera revistas ou outros objetos que possam ser manuseados por várias pessoas e reduzir o número de termalistas para que, “em todas as atividades, seja maximizado o distanciamento físico de pelo menos dois metros” são outras das determinações da DGS.
“Apenas serão aceites para a realização da consulta e/ou tratamento termal, termalistas de baixo risco (sem sintomas e sem contacto próximo com caso suspeito ou confirmado)”, avisa a DGS.
Já durante a realização do tratamento termal, “é obrigatória a utilização de máscara”.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 433 mil mortos, incluindo 1.520 em Portugal.
Comentários