A concentração dos alunos, que exortam os professores e funcionários a integrar a iniciativa, começa às 09:00 e decorre ao longo do dia, nas Escadas Monumentais, na zona do departamento.
O Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra (UC) funciona há 30 anos no Colégio das Artes, na Alta de Coimbra, reunindo 550 estudantes nos cinco anos do mestrado integrado em Arquitetura.
No sábado, o furacão Leslie provocou estragos nas instalações, que ficaram “severamente degradadas”, o que levou à suspensão temporária das aulas por razões de segurança, disse hoje à agência Lusa a estudante finalista Cláudia Ribeiro, uma das promotoras do protesto.
Na segunda-feira, dois dias após a tempestade, a direção do Departamento de Arquitetura, presidida pelo professor José António Bandeirinha, comunicou aos utentes que a utilização do edifício ficaria suspensa até serem asseguradas “as condições de segurança necessárias”.
Já na manhã de hoje, informou que estão “resolvidas as questões de segurança” no Colégio das Artes e que as aulas recomeçam na quinta-feira, dia da manifestação convocada pelos estudantes.
No entanto, continua suspensa a utilização da biblioteca e da galeria do imóvel, refere a comunicação.
Os organizadores decidiram manter a realização do protesto, dando sequência a “uma luta muito antiga” que, segundo Cláudia Ribeiro, ex-presidente do Núcleo de Estudantes de Arquitetura da UC, remonta à criação do Departamento de Arquitetura, em 1988.
A aluna do quinto ano de Arquitetura sublinhou que os estudantes exigem “um departamento digno, com instalações adequadas e seguras todos os dias”.
Os estragos no Departamento de Arquitetura, originados pelo mau tempo do fim de semana, “estão longe de ser unicamente” consequência da tempestade Leslie, afirmou.
“Inverno após inverno, o cenário repete-se: tetos que caem, vidros partidos, sala inundadas, resumindo-se numa insegurança constante para todos os alunos, docentes e funcionários”, de acordo com uma nota enviada por Cláudia Ribeiro à Lusa.
O curso de Arquitetura “permanece no dARQ [Departamento de Arquitetura] há 30 anos e desde o primeiro ano que há manifestações por melhores condições”, mas “sempre sem sucesso”, lamenta.
“O dARQ ensina-nos a sonhar e, por essa razão, na quinta-feira não nos calaremos”, conclui a finalista no documento.
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