“Até ao momento não tivemos necessidade de reforçar o nosso dispositivo. Naturalmente que, estando a acompanhar esta situação desde a passada quarta-feira, já foram envolvidos alguns milhares de polícias nesta operação e temos de fazer uma gestão rigorosa dos nossos recursos, até porque temos várias valências no terreno, mas temos tido a capacidade de resposta e vamos ter a capacidade de resposta, independentemente do tempo que durar este protesto”, disse o porta-voz da Direção Nacional (DN) da PSP, intendente Alexandre Coimbra.
Em declarações à agência Lusa, o diretor das Relações Públicas da DN da PSP acrescentou que a polícia está a acompanhar o protesto desde o seu início, “vinte e quatro horas por dia”, salientando que, até ao momento, não há registo de qualquer incidente em Lisboa, no Porto ou em Faro, cidades nas quais os protestos se têm feito sentir, com a concentração de taxistas.
“Temos feito reuniões regulares com as associações promotoras desta concentração e posso sublinhar que têm sido muito positivas, tem havido um espírito de colaboração muito especial por parte dos promotores, o que revela efetivamente que querem exercer o seu direito de manifestação e reunião dentro daquilo que está definido na lei. Posso adiantar que, até ao momento, não foi registado qualquer incidente ou qualquer ocorrência digna de relevo relativamente a esta concentração”, afirmou o porta-voz da DN da PSP.
Os taxistas mantêm-se hoje firmes no protesto junto aos seus táxis, que, em Lisboa, segundo os últimos dados divulgados, estão estacionados desde os Restauradores até ao Campo Pequeno.
Os taxistas abandonaram ao início da tarde de hoje os seus postos para seguirem em desfile apeado para uma vigília na Praça do Comércio, junto à residência oficial provisória do primeiro-ministro (enquanto decorrem obras em São Bento).
Para quarta-feira está agendada uma nova marcha até à Assembleia da República, coincidindo com a presença do ministro do Ambiente, que tutela o setor, no plenário.
Segundo o intendente Alexandre Coimbra, a PSP “tem tudo preparado” para fazer face a estas ações, nomeadamente “o policiamento adequado para a próxima quarta-feira”.
Inicialmente, os representantes dos taxistas exigiam que os partidos fizessem, junto do Tribunal Constitucional, um pedido de fiscalização sucessiva da constitucionalidade do diploma, uma exigência que não foi acolhida pelos grupos parlamentares.
Na sexta-feira, o processo teve um desenvolvimento, com o PCP a pedir a revogação da lei, uma decisão que os taxistas consideram estar no “caminho correto”, mas que ainda não é suficiente.
As associações de taxistas foram recebidas no sábado pelo chefe da Casa Civil da Presidência da República e decidiram manter o protesto, até serem recebidos pelo primeiro-ministro.
Depois do encontro, a delegação de representantes dos taxistas, encabeçada pelos presidentes da ANTRAL, Florêncio de Almeida, e da Federação Nacional do Táxi, Carlos Ramos, entregou uma carta no gabinete do primeiro-ministro no Terreiro do Paço, em Lisboa, a pedir uma intervenção com urgência para resolver as suas reivindicações.
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