“[…] É importante que os países tenham uma reação ponderada e de análise ao comportamento do mercado, uma vez que o impacto dessa nova situação não é igual em todos os produtos, e que o anunciado aumento de 20% das tarifas não corresponde necessariamente a um aumento idêntico sobre o preço final do produto, mas sim sobre o valor do seu custo de importação”, apontou, em comunicado, a CNJ.

Por outro lado, referiu não ser ainda claro como é que os agentes norte-americanos dos setores da importação e distribuição vão lidar com as novas tarifas, nomeadamente como é que estas vão ser repercutidas nos clientes.

A isto soma-se a evolução da procura desses produtos.

“Não é o aumento de 20% no custo de uma rolha importada que irá aumentar o preço do vinho em idêntica proporção e que lhe faça alterar a sua adoção”, exemplificou.

A confederação disse ainda que alguns bens têm uma procura “muito rígida”, uma vez que varia pouco em função dos preços.

Os jovens agricultores indicaram não ser possível substituir o azeite importado da Europa pelo que é produzido nos EUA, tendo em conta que este só representa cerca de 5% do total consumido no país.

Ainda assim, face ao contexto atual, a confederação recomendou a procura de novos mercados.

O Ministério da Agricultura promoveu, esta segunda-feira, uma reunião com as estruturas representativas do setor.

Desde que tomou posse em janeiro passado, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o aumento de tarifas sobre os automóveis e aço e alumínio estrangeiros para 25%.

Na semana passada, o líder norte-americano decidiu impor uma tarifa de base de 10% sobre quase todas as importações dos EUA, nível em que está o Reino Unido, que é superior para certos países ou blocos como é o caso da União Europeia ou da China.