A renúncia em bloco aos cargos de direção “com efeitos imediatos” consta de uma carta a que a Lusa teve acesso, que foi enviada pela direção do SPAC, liderada por Alfredo Mendonça, ao presidente da Mesa da Assembleia Geral do sindicato, António Costa Ramalho, e que já chegou aos associados.
“Os pilotos que compõem a direção do SPAC apresentam a V. Exa a renúncia coletiva, com efeitos imediatos, aos cargos que exercem”, pode ler-se na carta.
“A razão principal que escora esta decisão coletiva prende-se com a nossa discordância face ao possível recurso, neste contexto, à greve, em resultado de deliberações da Assembleia de Empresa de amanhã [terça-feira], decorrente da sua ordem de trabalhos”, continua a direção do SPAC.
“Esta direção não considera ser viável, neste momento, a boa execução de uma tal deliberação”, conclui.
Na sequência da carta da direção, a assembleia de empresa foi entretanto cancelada.
A assembleia de empresa tinha sido convocada pelo presidente da mesa da assembleia geral do sindicato a pedido de alguns associados, “em reação ao injustificado e ilegal despedimento coletivo decidido pela TAP”, pode ler-se na carta da direção.
A carta é assinada por Alfredo Mendonça, Pedro Azevedo, Bruno Torcato, Nuno Estevens e Rui Martins.
O processo de despedimento coletivo de 124 colaboradores iniciado em 07 de julho pela TAP abrange 35 pilotos, 28 tripulantes de cabina, 38 trabalhadores da manutenção e engenharia e 23 funcionários da sede, segundo a administração da empresa.
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