Em audição na Comissão de Economia, Inovação e Obras Públicas, Antonoaldo Neves, garantiu que em agosto a transportadora deixou de ter problemas na sua operação devido à falta de tripulações.
Aos deputados, o responsável mostrou dados oficiais, recolhidos entre o final de agosto e 11 de setembro, para referir que os “motivos de atraso [de voos da TAP] são devidos à restrição de capacidade do aeroporto de Lisboa”.
Nesse período, houve “37 voos por dia, em média, com atrasos na chegada a Lisboa por restrições de capacidade”
“É preciso resolver esse problema”, sublinhou o responsável, acrescentando que o “problema de pontualidade é crónico em Portugal”.
Referindo a 21.ª pior posição em termos de pontualidade, no último ‘ranking’ da empresa de estatísticas OAG, do aeroporto de Lisboa e a 25ª do Porto, Antonoaldo Neves argumentou ser “limitada a capacidade das companhias aéreas em trabalhar” para contrariar atrasos e cancelamentos.
“As companhias têm limite para trabalhar isso. A falta de pontualidade deve-se a limitação da infraestrutura”, afirmou Antonoaldo Neves, na primeira intervenção na audiência, na qual garantiu que a TAP “não sobrevive” se não conseguir cumprir as ligações de voos.
“O modelo da TAP é de conexão [de ligações]”, recordou o responsável, notando que 55% dos seus passageiros viaja em vários voos e que “quem perde conexão, não voa mais na TAP”.
“Sem conectividade, o cliente vai para Espanha”, previu.
Na sua intervenção, o CEO informou ainda que dos 15 sindicatos que representam trabalhadores da transportadora fechou acordos com 14, faltando o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).
Sobre contratações, a TAP terá 12.400 trabalhadores em 2025, depois de mais de 1.300 novas entradas entre 2017 e 2018 e 3.053 entre 2018 e 2025.
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