O crime de terrorismo é imputado pelo MP a Valter Abreu, Filipe Sousa, António José dos Santos Laranginha, João Pais, Fernando Santos, Pedro Marques, Gabriel Moreira, Hugo Santos e João Paulino, todos com responsabilidades no assalto.
Destes nove acusados do crime de terrorismo, oito estão em prisão preventiva. Valter Abreu tem aplicado o Termo de Identidade e Residência (TIR) com apresentações semanais na polícia.
Segundo a acusação os envolvidos no assalto cortaram a rede, entraram no perímetro da instalação militar, destruíram fechaduras de paióis e retiraram várias caixas com material militar que ali se encontravam armazenadas, pertença do Exército português.
O material militar em causa, “no valor de cerca de 35 mil euros, algum de alta perigosidade, foi depois transportado para o terreno de um familiar de um dos arguidos, onde ficou guardado”, refere a nota da PGR.
O MP acusou hoje 23 pessoas, entre elas o ex-ministro da Defesa José Azeredo Lopes, no caso do furto e da recuperação das armas do paiol da base militar de Tancos.
Os arguidos são acusados de terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça, prevaricação, falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.
O caso abalou as forças armadas, levou à demissão de Azeredo Lopes em 2018 e a polémica em torno do furto, tornado público pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, subiu de tom depois da, aparente, recuperação do material na região da Chamusca, no distrito de Santarém, em outubro de 2017, numa operação da Polícia Judiciária Militar (PJM).
Nove dos 23 arguidos foram hoje acusados pelo Ministério Público de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre eles Azeredo Lopes, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.
(Notícia atualizada às 17h54)
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