“Imputar ao anterior Governo a responsabilidade pelo assalto em Tancos é apenas mais uma declaração patética, entre tantas outras ao longo deste processo, que nada têm preservado o prestígio das Forças Armadas e a confiança que os portugueses nelas devem depositar”, criticou.
Em entrevista à TVI, na segunda-feira, o primeiro-ministro defendeu que o Governo “fez tudo o que lhe competia fazer” no caso do furto de armas em Tancos e lamentou que o anterior executivo não tenha investido mais cedo em equipamento de vigilância.
“Foi pena que o seu antecessor não tivesse adquirido esse equipamento de segurança, porque porventura já estaria a funcionar e o roubo não teria existido, mas mais vale tarde do que nunca”, criticou António Costa.
Numa publicação na rede social Facebook, Aguiar-Branco respondeu às críticas do primeiro-ministro, afirmando que, apesar de ter menos experiência de Governo do que António Costa, nunca lhe “passaria pela cabeça responsabilizar um chefe de Governo ou um ministro da Defesa por um buraco de uma rede numa unidade militar”.
José Pedro Aguiar-Branco sustentou que “na Defesa Nacional há estruturas de comando que têm a responsabilidade de garantir a segurança nas unidades militares” e de “garantir que as rondas são feitas a tempo e horas”, seja em Tancos ou na Base Naval do Alfeite, escreveu.
Para o anterior ministro da Defesa, ao chefe do Governo e ao ministro “compete assumir as responsabilidades quando têm de assumir” e “exigir responsabilidades quando têm de exigir” e “tomar as consequentes decisões que reparem as falhas e acima de tudo preservem o prestígio das instituições”.
“Nada disso está a acontecer quanto a Tancos. António Costa e Azeredo Lopes têm dado mostras de que não sabem o que fazer”, acusou, acrescentando que aquilo que fazem, “fazem mal”.
Na publicação, Aguiar-Branco acentua que o atual Governo “deixou na gaveta” o estudo do anterior Executivo para que a Força Aérea reassumisse a gestão e operação dos meios aéreos de combate aos fogos.
E, acrescentou, não é por essa razão que lhe “passa pela cabeça” responsabilizar o atual Governo pelos incêndios de Pedrógão, o ano passado, ou de Monchique, este verão.
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