Numa resposta enviada à Lusa, a GNR refere que o comando nacional “foi notificado pelo Ministério Público da constituição de arguido do coronel Amândio Marques", diretor nacional da Investigação Criminal da Guarda.

A suspensão de funções na GNR foi a medida de coação aplicada a Amândio Marques, que recebeu um louvor público (medalha de prata) em 2016, quando pertencia ao Comando da Unidade de Ação Fiscal.

Na resposta, a GNR revela que "remeteu esta situação à Inspeção-Geral da Administração Interna”.

À Lusa, a Procuradoria-Geral da República disse apenas que o “inquérito encontra-se em investigação”, e que tem “24 arguidos constituídos”.

O ex-ministro da Defesa Azeredo Lopes é um dos 24 arguidos do processo que investiga o furto de armas de guerra nos paióis de Tancos, divulgado a 29 de junho de 2017.

Azeredo Lopes, que considerou esta condição de arguido ser “socialmente destruidora” está proibido de contactar com os outros arguidos e com o seu ex-chefe de gabinete e com o antigo chefe de Estado Maior do Exército, general Rovisco Duarte.

Quase três meses após a divulgação do furto das armas, a Polícia Judiciária Militar (PJM) revelou o aparecimento do material, na região da Chamusca, a 20 quilómetros de Tancos, em colaboração com elementos do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.

O processo de recuperação do material militar levou a uma investigação judicial, por suspeitas de associação criminosa, tráfico de armas e terrorismo no furto do armamento e durante a qual foram detidos o agora ex-diretor da PJM Luís Vieira e o ex-porta-voz da PJM Vasco Brazão e três militares da GNR, num total de oito militares.