Os combates ocorridos hoje no distrito de Jahori, na província de Ghazni, causaram 25 mortos, entre os quais 15 elementos das forças especiais afegãs e 10 civis, disse à agência France-Presse Ahmad Khan Sirat, o porta-voz da polícia provincial.
Seis outros militares e oito civis ficaram feridos, adiantou.
O porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, indicou através da aplicação de mensagens WhatsApp que 22 soldados afegãos tinham sido mortos e que “numerosos” outros tinham ficado feridos.
Os combates estão a decorrer em Jahori desde quarta-feira, fazendo aumentar o receio de violência étnica.
A maioria dos hazaras são xiitas, contrariamente aos talibãs que são sunitas e que foram acusados de violação dos direitos humanos dos primeiros durante a sua passagem pelo poder entre 1996 e 2001.
Cabul enviou forças especiais para o distrito para apoiar as milícias hazara pró-governamentais. Os talibãs negaram ter como alvo “uma raça, uma etnia ou uma confissão religiosa em particular”.
Os confrontos ocorrem numa altura em que o enviado especial dos Estados Unidos para o Afeganistão, Zalmay Khalilzad, regressou ao país, onde se encontrou no sábado com o Presidente, Ashraf Ghani.
Khalilzad vai deslocar-se também ao Paquistão, aos Emirados Árabes Unidos e ao Qatar, onde os talibãs têm uma secção política.
Representantes dos rebeldes encontraram-se com o diplomata norte-americano em outubro em Doha.
O controlo do Governo de Cabul sobre o território afegão caiu nos últimos meses para o seu nível mais baixo dos últimos três anos, segundo um relatório norte-americano divulgado no início de novembro.
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