O exercício, denominado "Plano de Operações de Defesa Aérea Abrangente", decorreu entre as 05:00 e as 07:00 da manhã (22:00 e 24:00 de quarta-feira em Lisboa) e consistiu na simulação de ataques inimigos contra "posições importantes" em Taiwan.
Durante as manobras, a força aérea taiwanesa mobilizou vários caças, incluindo os F-CK-1 Ching-kuo, Mirage 2000-5 e F-16V, bem como aviões de transporte C-130H Hercules e helicópteros de combate AH-64 Apache, que coordenaram com outras unidades de defesa aérea no terreno.
De acordo com a agência de notícias taiwanesa CNA, o exercício centrou-se na "integração dos sistemas de defesa aérea militares e civis" e no funcionamento do "mecanismo de comando conjunto" das forças armadas, tendo como objetivo avaliar a "capacidade de proteger alvos importantes" e "melhorar a eficiência das operações conjuntas de defesa aérea".
"A Força Aérea sublinhou que, face às mudanças e desafios nos ambientes de combate a vários níveis, vai continuar a implementar vários treinos práticos para se preparar para potenciais ameaças e desafios na região, defendendo o espaço aéreo e protegendo a nossa casa", escreveu a CNA, acrescentando que as manobras correram "favoravelmente".
Os exercícios tiveram lugar horas depois de as forças chinesas terem voltado a sobrevoar o espaço em torno de Taiwan, com um total de oito aviões militares chineses a atravessarem a bacia do Estreito e a entrarem nas partes norte, sudoeste e sudeste da autoproclamada Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) de Taiwan, de acordo com Taipé.
No último relatório diário, o Ministério da Defesa Nacional de Taiwan comunicou a presença de várias aeronaves deste tipo a 107 quilómetros da cidade ocidental de Taichung e a 116 quilómetros da cidade setentrional de Keelung, onde se situa uma importante base militar.
As forças insulares também detetaram dois veículos aéreos não tripulados ('drones') a 112 quilómetros a sudoeste do Cabo Eluanbi, situado no extremo sul de Taiwan, e um helicóptero a circular a 157 quilómetros do mesmo ponto.
Taiwan - para onde o exército nacionalista chinês se retirou após a derrota das tropas comunistas na guerra civil (1927-1949) - é governada autonomamente desde o fim da guerra, embora a China reivindique a soberania sobre a ilha, que considera uma província para cuja "reunificação" não exclui o uso da força.
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