A leitura do acórdão está agendada para as 14:00, depois de em março, nas alegações finais, o Ministério Público (MP) ter pedido pena máxima para três dos setes suspeitos da morte do adepto, salientando a natureza “vil e mesquinha” do ataque e a falta de “pingo de remorsos” dos arguidos.
Revistos os factos que o MP deu como provados, a procuradora pediu pena máxima para os arguidos Marco Gonçalves, conhecido como ‘Orelhas’, Renato Gonçalves e Paulo Cardoso (pai, filho e tio), e uma pena “muito próxima” para Diogo Meireles.
Além dos sete arguidos acusados de matar o adepto, o julgamento, que começou a 15 de fevereiro, tem ainda mais quatro arguidos, três dos quais acusados de ofensas à integridade física de uma jovem e um de detenção de arma proibida.
Segundo a acusação, consultada pela Lusa, desde o início de 2022 que cinco dos 11 arguidos, três dos quais acusados de homicídio qualificado e em prisão preventiva, mantinham um clima de conflito com a vítima motivado por agressões entre eles e familiares.
A 08 de maio de 2022, cerca das 02:00, durante os festejos do título de campeão nacional de futebol conquistado pelo FC Porto, alguns dos arguidos envolveram-se numa acesa troca de palavras com a vítima mortal, junto ao Estádio do Dragão, sustenta.
E, acrescenta a acusação, motivados por um desejo de vingança, alguns dos suspeitos perseguiram, manietaram e agrediram a vítima com o propósito de lhe tirar a vida, agredindo-o a socos, murros e pontapés e usando uma faca com uma lâmina de cerca de 15 a 20 centímetros.
Nessa sequência, a vítima mortal, de 26 anos, foi esfaqueada várias vezes em diferentes partes do corpo e, apesar de ainda ter sido transportada para o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, acabou por morrer, refere.
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