Doan Thi Huong pode ser libertada na primeira semana de maio, em resultado da redução de um terço da pena por bom comportamento, adiantou o seu advogado, Hisyam Teh Poh Teik.
A mulher encontrava-se detida há mais de dois anos, na sequência da morte de Kim Jong-nam, em 13 de fevereiro de 2017, com VX, um agente neurotóxico e uma versão altamente letal do gás sarín.
Após ouvir a sentença, Huong levantou-se do banco dos réus e, através do tradutor, agradeceu ao juiz, aos promotores e aos governos da Malásia e do Vietname.
Aos jornalistas, quando abandonava o tribunal, disse que estava feliz e espera ser cantora e atriz quando regressar ao Vietname.
O tribunal malaio tinha rejeitado a 14 de março a libertação de Doan Thi Huong, poucos dias depois de ter deixado cair a 14 de março as acusações sobre a outra ré, Siti Aisyah, uma indonésia.
O episódio fatal teve lugar num terminal do aeroporto em Kuala Lumpur. As duas mulheres alegaram estarem convencidas de que se encontravam a participar numa brincadeira para um programa de TV.
As acusadas disseram às autoridades que toda a situação tinha sido orquestrada por um grupo de quatro homens, identificados como cidadãos norte-coreanos pela polícia malaia. Os homens pagaram 80 dólares a cada uma das suspeitas.
De acordo com a polícia, os quatro embarcaram, na sequência do ataque, num avião com destino a Pyongyang.
Desde o primeiro momento que os serviços secretos da Coreia do Sul e dos Estados Unidos atribuíram o crime a agentes norte-coreanos, mas Pyongyang argumentou que a morte foi provocada por um ataque cardíaco e acusou as autoridades da Malásia de conspirarem com os seus inimigos.
As autoridades da Malásia nunca acusaram oficialmente a Coreia do Norte e deixaram claro que não querem que o julgamento seja politizado.
Kim Jong-nam, que viajava com um passaporte com o nome de Kim Chol, ia embarcar para Macau, onde vivia exilado. Era o filho mais velho da atual geração da família governante da Coreia do Norte e vivia no exterior há anos.
Vários analistas consideraram que Kim Jong-nam poderá ter sido visto como uma ameaça ao líder norte-coreano, Kim Jong-un.
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