A Agência Estatal de Transportes da Suécia disse em comunicado que tinha tomado a decisão de revogar a licença da companhia aérea iraniana Iran Air, a única a operar voos diretos entre a Suécia e o Irão, citando "a falta de clareza em torno do acidente e a segurança para o tráfego aéreo civil".
"Entendemos que isso pode criar problemas para os viajantes. Mas a segurança dos passageiros é fundamental e é por isso que decidimos suspender temporariamente os voos", disse Gunnar Ljungberg, responsável máximo da agência, em comunicado.
Também hoje, a ministra dos Negócios Estrangeiros da Suécia, Ann Linde, confirmou que “17 pessoas da Suécia” estão entre as 176 mortas no acidente do avião ucraniano. Sete supostamente eram cidadãos suecos e os restantes tinham ali residência legal.
A polícia sueca disse, por seu turno, que a sua unidade de identificação está a cooperar com as autoridades iranianas e ucranianas, bem como com a Interpol.
Pelas mesmas razões de segurança, várias companhias aéreas anunciaram a suspensão dos seus voos para Teerão, mas não havia notícia até agora de interdição de voos da companhia iraniana.
A companhia aérea alemã Lufthansa disse hoje que cancelou os seus voos de Frankfurt para Teerão "como medida de precaução", devido à situação de insegurança do espaço aéreo em torno do aeroporto da capital iraniana.
A esta juntou-se a companhia austríaca, subsidiária da Lufthansa, e antes já a Air France e a própria Lufthansa, entre outras, tinham alterado rotas dos seus aviões para não sobrevoarem o espaço aéreo iraniano, como a australiana Quantas, a Malaysia Airlines e a Singapore Airlines. Outras companhias aéreas já haviam cancelado voos para a região do Médio Oriente.
Um Boeing 737 da companhia Ukraine International Airlines (UIA) despenhou-se na quarta-feira perto da capital do Irão provocando a morte das 176 pessoas que seguiam a bordo, a maioria iranianos e canadianos, mas também suecos, afegãos, alemães e britânicos, segundo o governo da Ucrânia.
O acidente ocorreu horas depois do lançamento de 22 mísseis iranianos contra duas bases da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, em Ain Assad e Erbil, no Iraque, numa operação de vingança pela morte do general iraniano Qassem Soleimani, há uma semana, ordenada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.
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