“As manobras estão a decorrer no ar, em terra e no mar, numa grande parte do país”, anunciaram as Forças Armadas suecas num comunicado.
Devem prosseguir até 11 de maio e concentrar-se no norte e no sul do país escandinavo, bem como na ilha estratégica de Gotland, precisaram as Forças Armadas.
Presentes estão militares provenientes dos Estados Unidos, Reino Unido, Finlândia, Polónia, Noruega, Letónia, Lituânia, Ucrânia, Dinamarca, Áustria, Alemanha e França, países que são, na maioria, membros da NATO.
Juntamente com a Finlândia, a Suécia pediu a adesão à aliança militar ocidental em maio de 2022, após a invasão russa da Ucrânia, pondo fim a dois séculos de neutralidade e de não-alinhamento militar.
A Finlândia tornou-se oficialmente o 31.º membro da NATO a 4 de abril, mas a candidatura sueca, que terá de ser ratificada por todos os Estados-membros da organização, enfrenta ainda a oposição da Turquia e da Hungria.
A Turquia critica, em particular, a Suécia por não extraditar dezenas de ativistas curdos ou pessoas acusadas pelo Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, de ter participado numa tentativa de golpe de Estado em 2016 (que já serviu de argumento para uma purga de grandes dimensões em todos os setores da administração pública e da sociedade civil turca).
Diplomatas ocidentais mantêm a esperança de que o chefe de Estado turco mude de ideias se vencer as eleições presidenciais no próximo mês de maio, ou que o seu adversário social-democrata, se vencer, dê ‘luz verde’, à adesão da Suécia à Aliança Atlântica.
A Suécia aproximou-se da NATO ao juntar-se à sua Parceria para a Paz, nos anos 1990, mas, sem adesão, o reino escandinavo não está abrangido pelo artigo 5.º, que garante a defesa coletiva.
Trata-se de uma situação delicada, porque sendo a Suécia o único país nórdico fora da NATO, pode tornar-se um território estratégico para a Rússia em caso de conflito, advertem os especialistas.
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