Dois dias depois da reeleição do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que se opôs à entrada da Suécia na organização, Stoltenberg disse estar confiante de que haverá uma saída para as dificuldades encontradas.
“Não há garantias. Mas é perfeitamente possível chegar a uma solução que permita a decisão sobre a adesão plena da Suécia” até à cimeira, disse Stoltenberg, durante uma conferência de imprensa em Oslo, Noruega, cidade que vai receber uma reunião informal de chefes de diplomacia dos países da NATO entre quarta e quinta-feira.
“Não temos certezas. Claro que estamos a falar de decisões soberanas por parte dos parlamentos nacionais”, insistiu Stoltenberg, mas mostrando confiança numa solução a curto prazo.
Para o secretário-geral da NATO, “existe agora uma janela de oportunidade, em particular depois das eleições turcas e com o parlamento turco a ser constituído”.
Também hoje na capital norueguesa, mas em outras declarações, o secretário-geral da NATO já tinha afirmado que estava “completamente tranquilo” em relação à adesão da Suécia à Aliança Atlântica.
A Turquia e a Hungria são os dois únicos países-membros da NATO que ainda não ratificaram a adesão da Suécia à organização, apresentada na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
A Finlândia, que também solicitou a adesão à Aliança, tornou-se membro de pleno direito em 04 de abril último.
Erdogan foi reeleito no domingo para um novo mandato de cinco anos e tem sido um dos opositores da entrada da Suécia na NATO, acusando Estocolmo de acolher figuras da oposição turca e ativistas curdos de movimentos considerados terroristas por Ancara.
Com um novo parlamento a ser instalado em Ancara, o chefe da diplomacia turca não estará presente esta semana em Oslo para a reunião informal de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, que vai preparar a cimeira de Vilnius, agendada para 11 e 12 de julho.
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