Esta posição surge depois de a Altice ter anunciado hoje que a Meo “decidiu avançar com uma queixa-crime” contra o presidente da Sonae, Paulo Azevedo, na sequência de declarações que o gestor fez à Lusa na passada sexta-feira.
“A Sonae não abdica das suas convicções e dos seus argumentos e continuará a indignar-se, quando, por ação ou inação, se criam as condições para que possam acontecer graves danos do nosso interesse público”, afirmou fonte oficial.
“Não nos deixaremos intimidar mesmo quando é usado o ataque pessoal com a intenção de nos condicionar, num reflexo do que é já o modo como a liberdade de opinião e de expressão de um receio cívico poderão vir a ser postas em causa”, concluiu a mesma fonte.
O presidente da Sonae criticou, em declarações à Lusa, na passada sexta-feira, a “não decisão” da ERC sobre a compra da Media Capital pela Altice, afirmando que o negócio “criará condições” para haver indignação com a “descoberta de uma operação ‘Marquês’ 10 vezes maior”.
Hoje, em comunicado, a Altice, que é dona da Meo/PT adianta que, “na sequência das afirmações do engenheiro Paulo Azevedo” à agência Lusa, a Meo “decidiu avançar com uma queixa-crime contra” o gestor.
“O grupo Altice não aceitará que terceiros façam declarações ou insinuações difamatórias relativamente a si ou à sua relação com reguladores, independentemente da posição ou poder desses terceiros. Responsabilizaremos, como é nosso dever, quem fizer afirmações relativamente à Altice que possam, ilegitimamente, afetar os nossos negócios e a nossa reputação”, sublinha o grupo liderado por Patrick Drahi.
“Sem prejuízo de a substância das declarações vir a ser objeto dos procedimentos legais adequados, é claro que as declarações do engenheiro Paulo Azevedo são o culminar de uma campanha pública orquestrada contra a Meo, incluindo pressões indevidas sobre os reguladores”, acusou a empresa que pretende comprar a Media Capital, dona da TVI.
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