O ataque ocorreu cerca das 06:00 (03:00 em Lisboa), quando um homem detonou os explosivos que estavam num camião, próximo a um hospital na cidade de Qalat, capital da província de Zabul, no sul do Afeganistão, disse à agência EFE o porta-voz do governador regional, Gul Islam Seyal.
A fonte disse que quatro dos 20 mortos são estudantes e que “praticamente todas as vítimas” são civis, incluindo um grande número de profissionais de saúde, pacientes e vizinhos de casas próximas.
“Vários feridos estão em estado crítico”, afirmou Seyal.
A fonte disse que “a forte explosão ocorreu na porta principal do hospital(…)” e destruiu parte do hospital, várias casas próximas e atingiu uma escola, onde quatro crianças morreram.
Os feridos foram transportados para outros hospitais de Qalat e para a cidade vizinha de Kandahar.
As orações da manhã haviam acabado quando os fiéis foram surpreendidos pela explosão, que também destruiu partes de uma mesquita adjacente ao hospital, segundo Mahboob Hakimi, um morador de Qalat.
As janelas de sua casa, a quase dois quilómetros de distância, foram destruídas pela explosão, segundo Hakimi.
O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, reivindicou a responsabilidade pelo ataque e declarou que este era dirigido contra um edifício da Direção Nacional de Segurança (NDS – serviços de informação).
No entanto, para Seyal, o objetivo dos talibãs era o hospital.
“O impacto (da explosão) foi direcionado contra o hospital e apenas uma parede ao redor do prédio do NDS desabou”, disse ele.
O porta-voz do Presidente afegão, Ashraf Ghani, Sediq Sediqqi, condenou o ataque em Zabul, referindo que os talibãs “continuam alvejando civis enquanto os seus líderes viajam para o Irão e a Rússia”, uma referência aos recentes negociadores dos talibãs que buscam apoio no estrangeiro.
Os talibãs têm realizado ataques quase diariamente desde que as negociações de paz com os Estados Unidos entraram em colapso no início deste mês.
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