Nove casos de desaparecimento foram registados na província de Ha Tinh e mais cinco em Nghe An, ambas no centro do país, informou hoje o jornal vietnamita “Thanh Mien”, acrescentando que as famílias enviaram fotografias para possível identificação.
As províncias de Ha Tinh e Nghe An têm elevada percentagem de população rural e menor desenvolvimento do que outras zonas do país, pelo que muitos jovens tentam migrar para a Europa em busca de oportunidades.
O primeiro-ministro do Vietname, Nguyen Xuan Phuc, divulgou no sábado, em comunicado, que está a investigar a possível presença de vietnamitas entre as vítimas e prometeu agir contra as redes de tráfico de pessoas.
Com um crescimento de 100 milhões de pessoas e um produto interno bruto (PIB) de 7,08% em 2018, o Vietname fez grandes progressos na erradicação da pobreza, mas ainda persistem problemas como desnutrição infantil e desigualdade, especialmente em áreas rurais, de acordo com dados divulgados pela agência Efe.
Segundo o relatório “Mapeando as vulnerabilidades das vítimas do tráfico do Vietname para a Europa”, os migrantes vietnamitas pagam entre 9.000 e 36.000 euros aos traficantes para viajarem para a Europa.
Os 39 corpos, incluindo 31 homens e 8 mulheres, foram encontrados no dia 23 de outubro, dentro de um camião refrigerado conduzido por um norte-irlandês de 25 anos identificado como Mo Robinson, que foi acusado de 39 crimes de homicídio e tráfico de pessoas, entre outros crimes.
A polícia informou inicialmente que todas as vítimas encontradas eram de nacionalidade chinesa, mas depois admitiu que os dados de identificação dos corpos estavam em “evolução”.
A embaixada do Vietname no Reino Unido entrou em contacto com a polícia e manifestou receios de que entre os mortos se encontrem vítimas daquele país.
Na sexta-feira, na Polónia, funcionários da alfândega detiveram um camião com reboque no qual se encontravam dez imigrantes de ascendência vietnamita, uma mulher e nove homens, de boa saúde, mas que viajavam irregularmente.
O veículo que transportava uma carga de madeira, era conduzido por um cidadão polaco, de 44 anos de idade e foi intercetado na cidade de Budzisko, perto da fronteira com a Lituânia.
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