“Penso que já acabou a euforia da campanha agora sou o Presidente da República de todos os guineenses e é o momento de estender a mão a todos os guineenses para batizarmos uma nova Guiné”, afirmou em declarações aos jornalistas numa unidade hoteleira em Bissau, capital do país.
Segundo os resultados provisórios apresentados pela Comissão Nacional de Eleições, o general Umaro Sissoco Embaló venceu o escrutínio com 53,55% dos votos, enquanto o outro candidato Domingos Simões Pereira, apoiado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), conseguiu 46,45%.
“Eu, como disse, reformulo outra vez ser um Presidente da concórdia nacional, um homem de rigor, de disciplina, de combate à corrupção e à droga. Isso, eu mantenho. A Guiné não será aquele Estado que permite a cada um falar da Guiné como quer. Agora há um homem de Estado”, salientou.
Umaro Sissoco Embaló afirmou também que os guineenses vão passar a sentar-se à mesa para resolver os seus problemas e que “não haverá imiscuições”, porque a Guiné-Bissau é uma “República soberana e independente”.
“Não há um Estado pequeno, há países pequenos, mas todos os estados são iguais. Vim da esfera das forças armadas e vou aplicar a minha sabedoria e ouvir os conselhos dos guineenses, não do exterior, o conselho dos meus irmãos da Guiné, que votaram em mim, porque tenho um compromisso com eles”, frisou.
Questionado sobre se o seu adversário na corrida às presidenciais já lhe tinha telefonado, o Presidente eleito disse que ainda não.
“Há um Presidente eleito, nós somos irmãos, e ele é presidente do PAIGC e eu não posso excluir Domingos Simões Pereira porque 46% da população da Guiné-Bissau votou nele. Tenho de utilizar estes 46% para que sintam também que sou o candidato deles”, vincou.
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