Estas são antenas que servirão de “reforço de mecanismos de redundância” nomeadamente para o combate aos incêndios e que serão colocadas em zonas consideradas prioritárias e definidas pela Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), afirmou o ministro Eduardo Cabrita numa audição regimental na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais.
O SIRESP, afirmou, já está a fazer consultas ao mercado para estas antenas serem colocadas até maio, meses antes da época crítica de combate aos incêndios.
O mapa com as áreas consideradas críticas foi mostrado pelo ministro aos deputados. A maior parte dos incêndios de prioridade estão localizados a norte e centro do país e a sul, no Algarve, afetando 189 concelhos e 1.049 freguesias.
Para este ano, o Governo prevê a contratação de 50 meios aéreos (aviões e helicópteros), um deles colocado na Madeira, iniciando a sua fase de prontidão em fevereiro. O executivo prevê ainda a utilização de meios químicos (gel retardante).
Eduardo Cabrita insistiu que o Estado mantém os planos para entrar no capital do SIRESP, em posição maioritária, um processo que “está a ser seguido pelo Ministério das Finanças”, com o acompanhamento da sua equipa ministerial.
E afirmou tratar-se de “uma coincidência” o facto de ter sido noticiado, pelo Público, o despacho governamental que altera o contrato com a empresa que gere o SIRESP, com vista a salvaguardar “o interesse público”.
A reunião de hoje em comissão decorreu ao abrigo do regimento, que possibilita os deputados fazerem perguntas sobre as áreas de tutela e foi a estreia do ministro neste tipo de debate.
O governante afirmou que, nos próximos meses, vão ser feitas ações de prevenção e sensibilização nas áreas consideradas prioritárias, para que seja feita limpeza nas florestas.
“Cinquenta metros em redor de cada casa, 100 metros em redor das povoações”, afirmou o ministro.
A prevenção dos incêndios florestais continua a ser, para o executivo, uma prioridade.
[Notícia atualizada às 16h13]
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