“Dos 66 cidadãos nacionais que se encontravam retidos no Peru, neste momento 59 já deixaram o país, estando agora os aeroportos a operar de forma regular”, adianta o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) numa resposta escrita à agência Lusa.
Segundo o MNE, a embaixada de Portugal em Lima, capital do Peru, “tem acompanhado, caso a caso, esta situação”.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros sublinha que “continua a desenvolver todos os esforços para encontrar soluções que permitam um regresso rápido e em segurança dos restantes cidadãos portugueses que desejem sair do Peru”.
O Peru atravessa uma crise política e social devido às manifestações que abalam o país desde a destituição do ex-Presidente Pedro Castillo.
Os protestos começaram a 07 de dezembro em várias regiões do Peru, particularmente na capital, Lima, e na parte sul dos Andes peruanos, depois de o parlamento ter destituído Pedro Castillo da Presidência.
A destituição aconteceu depois de Castillo ter anunciado a dissolução do parlamento e a criação de um executivo de emergência, que governaria por decreto, medida interpretada como uma tentativa de golpe de Estado.
Na semana passada, o Supremo Tribunal do país deliberou que Pedro Castillo, sob investigação por rebelião, ia ficar em prisão preventiva durante 18 meses.
A até então vice-presidente, Dina Boluarte, formou um Governo, mas os peruanos também responderam com protestos e manifestações que já fizeram 23 mortos e levaram ao encerramento de aeroportos.
Boluarte, que defende a legalidade constitucional da sua gestão e que no sábado descartou renunciar ao cargo, apresentou um projeto-lei para antecipar as eleições gerais do país para dezembro de 2023, uma decisão que ainda tem de ser resolvida pelo Congresso.
O Governo peruano decretou o estado de emergência a nível nacional, por um período de 30 dias, em resposta aos protestos.
Devido aos acontecimentos no país, milhares de turistas ficaram retidos no Peru, incluindo cidadãos portugueses.
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