Segundo a Reuters, o casal chinês chegou a Itália a 25 de janeiro e embarcou no navio Costa Smeralda, no porto de Savona, no mesmo dia. Os dois tiveram febre e estão com dificuldades respiratórias.
O navio esteve em Marselha, em França, e nos portos espanhóis de Barcelona e Palma de Maiorca esta semana, antes de atracar na quinta-feira em Civitavecchia, a norte de Roma.
Ninguém está autorizado a sair do navio enquanto são realizados exames médicos para verificar se o casal tem coronavírus, disse o porta-voz da empresa, adiantando também que pode demorar "algumas horas" até que a situação se torne mais clara.
Os casos de infeção pelo coronavírus fora da China têm sido uma preocupação entre as autoridades de saúde globais, pois há sinais de que vírus se pode estar a espalhar com grande facilidade, dificultando a sua contenção.
A China elevou para 170 mortos e mais de 7.700 infetados o balanço de vítimas do novo coronavírus detetado no final do ano em Wuhan, epicentro do surto, capital da província de Hubei (centro).
Além da China e dos territórios chineses de Macau e Hong Kong, há pelos menos 50 casos confirmados do novo coronavírus em 18 outros países – na Tailândia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan, Singapura, Vietname, Nepal, Malásia, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Austrália, Finlândia, Emirados Árabes Unidos, Camboja, Filipinas e Índia.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) está a reunir especialistas hoje para avaliar se o surto deve ser declarado uma emergência global.
O Japão e os Estados Unidos foram os primeiros países, na quarta-feira, a repatriar centenas dos seus cidadãos que se encontravam na cidade chinesa de Wuhan, onde o novo coronavírus foi detetado em dezembro, um processo que seguem outros países.
Vários países europeus, incluindo Portugal, França, Reino Unido, Itália e Alemanha, mas também a Austrália, têm em marcha planos para proceder ao repatriamento de alguns dos seus cidadãos em Wuhan.
O Reino Unido está a negociar com as autoridades chinesas o repatriamento de cerca de 200 britânicos depois de não ter conseguido finalizar hoje o retorno de seus cidadãos conforme planeado, disseram fontes oficiais.
A empresa nacional israelita El-Al anunciou hoje, à semelhança de várias outras companhias aéreas, que suspendeu os seus voos para Pequim perante a disseminação do novo coronavírus.
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