Este segundo pacote sancionatório incide sobre os setores do petróleo e gás, mas Teerão já disse que serão inúteis.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu sanções “em força” contra o Irão, por desrespeito do acordo nuclear e apelando à solidariedade internacional para boicotar totalmente a compra de petróleo àquele país árabe.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, admitiu terça-feira que as sanções vão afetar economicamente o país, mas acrescentou que elas não vão mudar as políticas iranianas, considerando-as “inúteis e fúteis”, em declarações a um programa da estação de televisão norte-americana CBS.
“Os Estados Unidos estão viciados em sanções e acreditam que elas são uma panaceia que resolve todos os problemas. Não resolvem. Na realidade, magoam pessoas e, enquanto governo, temos a obrigação de minimizar o seu impacto. Mas as sanções nunca mudarão as políticas”, afirmou o responsável da diplomacia de Teerão.
O Irão garante que tem cumprido com o acordo nuclear que estabeleceu com os Estados Unidos, no mandato de Barack Obama, e apela à Agência Internacional de Energia Atómica para confirmar o seu compromisso.
Mas o executivo de Donald Trump não se impressiona com estas palavras e a nova vaga de sanções segue uma outra, introduzida em agosto passado, que afetou o comércio de divisas, metais e o setor automóvel.
Com esta nova fase de sanções, os Estados Unidos esperam que todos os países reduzam a zero a importação de petróleo do Irão, o que é um duro golpe numa Economia que tem no setor energético uma base fundamental.
Em Washington, os opositores de Donald Trump acusam o Presidente de estar a ajudar os russos, já que eles serão os principais beneficiários destas sanções ao Irão, num momento em que os países árabes produtores de petróleo anunciaram que não vão aumentar as suas quotas de produção.
O Irão já tem vindo a reduzir as vendas de petróleo, com quebras de cerca de 800 mil barris diários, comparativamente aos números do início do corrente ano.
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