Em comunicado, esclarece que terça-feira o SEF foi informado da presença de dois cidadãos estrangeiros indocumentados na Esquadra de Turismo da PSP do Porto.
“De imediato deslocou uma equipa de inspetores àquela esquadra que os trouxe para as instalações do SEF a fim de avaliar a situação, recorrendo aos serviços de intérprete de língua persa e farsi”, afirma.
Nas declarações que os dois cidadãos prestaram referiram ter viajado, durante dois anos, por diferentes países europeus tendo chegado a Portugal de comboio, desembarcando no Porto.
Indicaram também ter solicitado asilo na Finlândia, estando o SEF, sobre a matéria em apreço, “a desenvolver as necessárias consultas”.
De acordo com o SEF, após revista de segurança, “não foi encontrado qualquer documento de identificação, bilhetes ou outro documento que atestasse a factualidade por eles descrita. Tinham na sua posse cerca de dois mil euros, uma pen drive e ainda dois telemóveis”.
“Face às declarações dos dois indivíduos, aos elementos detetados e à análise feita por este serviço, o SEF contactou a Polícia Judiciária, que fez deslocar ao SEF uma equipa, bem como outras entidades nacionais”, refere na nota de imprensa.
Os cidadãos estrangeiros foram detidos pelo SEF e presentes em tribunal, na quarta-feira de manhã, que validou a detenção e aplicou a medida de coação de instalação em Centro de Instalação Temporária no Porto, sob custódia do SEF, tendo sido apreendidos, por ordem do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP), os pertences referidos.
O conteúdo da pen drive não foi revelado pelo SEF.
Na sua edição de hoje o Jornal de Notícias afirma que na pen foram encontradas “fotos de armamento, explosivos e exibição de combatentes com armas de guerra da Síria” o que terá causado “alarme, por fazer recordar imagens de terroristas do Daesh”.
“De imediato, os indivíduos levantaram suspeitas de eventual ligação a grupos terroristas, dando origem a averiguações da Polícia Judiciária e dos Serviços de Informação e Segurança”, acrescente o JN.
A Lusa pediu esclarecimentos à Polícia Judiciária, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
Comentários