Anabela Freitas disse à Lusa que a intenção de instalar em Tomar a sede internacional desta organização, reconhecida como organização não-governamental pelas Nações Unidas desde 2001, fora já manifestada no encontro realizado em Tomar em 2013, tendo sido reafirmada na convenção que a Ordem realizou a semana passada na cidade.
Perante a dificuldade de instalar a sede no Convento de Cristo, como foi inicialmente proposto, a Câmara Municipal de Tomar disponibilizou-se para acolher a Ordem no Palácio Alvim, antiga esquadra da PSP agora desocupada e para onde o município quer transferir alguns serviços depois de obras de reabilitação, disse.
Anabela Freitas afirmou que, na sequência da reunião realizada a semana passada com responsáveis da Ordem, está a ser elaborado o texto de compromisso entre as partes, sendo que o município assume a elaboração do projeto, contemplando as necessidades para a instalação da sede e de um espaço museológico, e a organização irá comparticipar os custos.
A autarca sublinhou que a presença da sede física de uma organização que reúne representantes de 44 países vai “potenciar” a estratégia de posicionar Tomar como cidade templária, processo que tem vindo a ganhar forma com o projeto da Rota Europeia de Cidades Templárias, iniciado com França e que se alargou a Espanha, Itália, Chipre e Inglaterra, além dos contactos já mantidos com Israel.
No âmbito deste projeto foi criada uma comissão científica e académica, que visa dar “consistência” à rota, e constituída uma comissão de acompanhamento alargada, estando em preparação a realização de uma assembleia-geral em julho, adiantou.
“Desde a data do seu desaparecimento, em 1312, por determinação do Papa Clemente V, que os Templários não dispunham de uma sede física, a partir da qual poderão exercer a sua influência histórica”, sublinha uma nota do município.
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