"Neste momento há insegurança nas instalações da escola e eu não vou arriscar que aconteça algum acidente aos 2.000 alunos por quem sou responsável, por isso, ou os problemas resolvem-se ou a escola não vai abrir", afirmou o diretor.
Os problemas na Escola Secundária de Carcavelos fazem hoje a manchete do jornal i, segundo o qual “o Conselho Geral decidiu que a escola não vai reabrir para o segundo período por ‘falta de segurança aguda’”.
Adelino Calado justificou a "ameaça" pela necessidade "urgente" de resolver os problemas, relacionados com a falta de eletricidade e manutenção do equipamento escolar.
"Isto já se arrasta há cerca de um ano, desde que o técnico de manutenção da escola saiu, em fevereiro. A Parque Escolar, a quem pertence a escola, nada faz, por isso alguma coisa tem de ser feita agora", sustentou.
Para Adelino Calado, maior é o risco de algum dos alunos ter um acidente do que causar agora algum alarmismo com o eventual fecho da escola já em janeiro.
"Não há luz em algumas zonas da escola, por exemplo nas escadas. E se um aluno cai e se magoa a sério, como já aconteceu com um professor? Para mim, isso é que é grave. Não quero correr mais riscos", disse.
Adelino Calado adiantou que o órgão diretivo da Secundária de Carcavelos discutiu qual a posição a tomar durante os últimos dois meses e concordaram em não abrir a escola para o segundo período escolar se, entretanto, os problemas não forem resolvidos.
"Se eu tiver de fechar a escola será mesmo terrível, mas mais graves serão as consequências se ninguém fizer nada. Isto tem de se resolver e tenho esperança de que a Parque Escolar o faça nos próximos 15 dias, período de férias", concluiu.
O diretor do agrupamento escolar de Carcavelos está convencido de que o atraso da Parque Escolar está relacionado com burocracias e não com questões financeiras, porque, assegurou, "o investimento a fazer nas instalações é pouco significativo".
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