A deslocação do secretário-geral da NATO a Portugal insere-se num périplo que está a realizar por vários países aliados, antecedendo a cimeira de ministros da Defesa na sede da NATO, em Bruxelas, a 14 e 15 de fevereiro, que deverá aprovar alterações à estrutura de comandos.
Na quinta-feira, Jens Stoltenberg esteve em Madrid, numa visita de formato idêntico à que terá hoje em Lisboa e que começará pelo Comando Conjunto para as Lições Aprendidas (JALLC), em Monsanto.
Em seguida, reúne-se com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Santos Silva, e, à tarde, visita a futura escola de comunicações da NATO em Oeiras, o Comando Conjunto para as Operações Militares, do Estado-Maior das Forças Armadas, e o `Naval Striking and Support Forces NATO (STRIKFORNATO)´.
Ao início da tarde, Jens Stoltenberg reunir-se-á com o Presidente da República e Comandante Supremos das Forças Armadas, e com o ministro da Defesa, Azeredo Lopes. Ao fim do dia, reúne-se ainda com o primeiro-ministro, António Costa.
A visita do norueguês Jens Stoltenberg antecede a próxima cimeira de ministros da Defesa, em fevereiro, no novo quartel-general da NATO, em Bruxelas.
A participação de Portugal em missões NATO, os compromissos assumidos no que respeita à partilha de encargos — os Estados-membros comprometeram-se em 2014 a gastar 2% do PIB em despesas militares até 2024 — deverão estar em cima da mesa das reuniões.
Os encontros com os membros do Governo e com o Presidente da República ocorrem numa altura em que a NATO estuda uma eventual alteração na estrutura de comando, visando responder ao atual contexto de segurança e defesa.
Portugal vai enviar em abril 160 militares para a missão da NATO no Afeganistão, “Resolute Support Mission”, e mais 23 para dar formação às forças afegãs na Escola de Artilharia de Cabul, no segundo semestre.
Em novembro passado, os ministros da Defesa dos países aliados concordaram em rever a estrutura de comandos da NATO para incluir um comando para o Atlântico e um novo comando para “melhorar as movimentações das forças militares através da Europa”, disse à Lusa um oficial da Organização.
Outro tema que poderá estar na agenda dos encontros é a criação de um Centro de Segurança do Atlântico, na Base das Lajes, anunciada no passado dia 16 pelo ministro Azeredo Lopes.
O governante disse ter a expectativa de que o Centro de Segurança do Atlântico, que visa a “segurança marítima” e já tem o apoio dos EUA, venha ser um “centro de excelência NATO”.
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