“Solicitei à união europeia para acudir aos problemas de tesouraria dos agricultores portugueses, decorrentes da seca, uma autorização extraordinária para podermos antecipar pagamentos (…) a comissão autorizou que pagássemos até 70%, o que equivale a um montante global na ordem dos 500 milhões”, referiu, à margem de uma audição parlamentar da comissão de agricultura.
Capoulas Santos acrescentou que os montantes que vão ser atribuídos inserem-se no âmbito das ajudas que a Política Agrícola Comum (PAC) destina aos agricultores.
O deputado do PSD, Cristóvão Crespo contestou a medida, referindo que se trata de um “apoio anual” e não de uma iniciativa de combate às consequências provocadas pela seca.
Critóvão Crespo argumentou que, neste âmbito, o Orçamento do Estado deveria reforçar as medidas previstas no Programa de Desenvolvimento Rural (PDR).
A deputada do CDS, Patrícia Fonseca do CDS sublinhou que dar uma antecipação “não é dar uma ajuda” e acrescentou que o Governo deveria isentar os agricultores da taxa de recursos hídricos.
Já Heloísa Apolónia, deputada do Partido Ecologista Os Verde (PEV), destacou que o país não está a tentar adaptar-se ao fenómeno das alterações climáticas.
“Estamos todos a viver e a sentir na pele o resultado concreto das alterações climáticas, a seca vai ser comum entre nós e isso requer uma opção política nesse sentido”, sublinhou.
A deputada acrescentou que em Portugal a falta de adaptação ao fenómeno está a criar “uma bola de neve”, uma vez que os prejuízos que lhe estão associados levam a um aumento da importação que, consequentemente, provoca o aumento do transporte e da emissão de gases com efeito de estufa.
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