Numa altura de convulsão política, o Expresso e a SIC lançaram uma sondagem, com o ICS/ISCTE, que coloca o Governo de António Costa com a maior taxa de insucesso de sempre, 71%. Mas não o suficiente que o faça perder eleições, PSD mantém-se com 30% das intenções de voto, e o PS sobe 1% para 31%, ainda que 46% dos simpatizantes do PS dêem nota negativa ao Governo.
Por outro lado, Marcelo Rebelo de Sousa é o único a ter positiva na avaliação de figura pública, 6,7 (numa escala de 0 a 10). Costa, embora com negativa, também aguentou as polémicas e subiu a nota duas décimas (a mesma subida do Presidente da República) para 4,8. Apenas Montenegro não consegui aproveitar os embates mediaticos das duas figuras da nação, e caiu de 4,5 (2022) para 3,9.
Quanto aos restantes há empates, e surpresas, Catarina Martins lidera a lista e deixa funções com 4,1. Empatados estão Inês Sousa Real e Rui Tavares, com 3,3. E Paulo Raimundo e Rui Rocha, com 3,2. Ventura é o menos querido dos eleitores, e menos apreciado quatro décimas em relação a 2022, fica-se com 3,0.
Os eleitores ouvidos nesta sondagem estão descontentes com o Governo, mas isso não significa que queiram eleições antecipadas, e se as houvesse era mesmo o PS que ganhava outra vez, com 31%. Ainda que se a direita, se decidir juntar, esteja em maioria. PSD (30%), Chega (13%), IL (4%) e CDS (1%), o que perfaz um total de 48%. Contudo tudo indica que Montenegro não faça acordos com o Chega. E, sem esse partido, a direita fica com 35%. E, mesmo que a esquerda volte à geringonça não tem votos suficientes para ultrapassar a direita, PS (31%), BE (5%), CDU (5%), PAN (2%) e Livre (1%) - 44%.
Se, desde março, o PS subiu 1% e o CDS desceu esse valor, todos os outros se mantêm com as mesmas intenções de voto. Esta sondagem ICS/ISCTE parece, assim, dar razão a Marcelo Rebelo de Sousa e à opção de não convocar eleições antecipadas, depois da fatídica noite de 26 de abril no Ministério das Infrestruturas e todas as polémicas que se lhe seguiram.
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