Augusto Santos Silva concluiu hoje, em Estocolmo, uma visita oficial de três dias à Suécia, a primeira a um país europeu enquanto presidente da Assembleia da República — uma deslocação em que esteve acompanhado por deputados em representação das quatro maiores bancadas: PS, PSD, Chega e Iniciativa Liberal.
“Em nome do parlamento português, exprimi o nosso apoio à entrada da Suécia na NATO. Há uma larguíssima maioria de deputados na Assembleia da República que têm essa posição. Como tal, o parlamento tem essa posição, que é também comum ao Governo e ao Presidente da República”, declarou à agência Lusa o ex-ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
Augusto Santos Silva sustentou depois que os contactos entre parlamentos são relevantes em áreas de políticas externa, designadamente em questões relativas ao Estado de Direito, democracia política, regime de liberdades, direitos e garantias, mas também ao nível dos tratados e acordos internacionais.
“Expliquei em que consistiria o processo de ratificação em Portugal do Tratado do Atlântico Norte alterado para permitir a entrada da Suécia e da Finlândia. Expliquei que, no nosso caso, esse processo seria bastante rápido, como é habitual”, completou.
Já em relação aos três dias de visita, o presidente da Assembleia da República considerou importante que nos encontros no parlamento sueco, mas também com membros do executivo da Suécia, ou com a comunidade portuguesa residente neste país, cada um dos deputados portugueses “tenha exprimido os seus pontos de vista, escutando, igualmente, os pontos de vista dos seus contrapartes suecos e dos representantes na comunidade portuguesa”.
Na terça-feira, segundo Augusto Santos Silva, no âmbito dos contactos entre os dois parlamentos, “a Assembleia da República aprovou a constituição do grupo de amizade entre Portugal e Suécia”.
“Sendo que a Suécia já tinha aprovado o seu grupo de amizade que é dirigido por uma deputada de origem portuguesa. O seu pai é português e, aliás, foi deputado no parlamento português logo após o 25 de Abril de 1974”, observou o presidente da Assembleia da República.
Augusto Santos Silva destacou também os encontros com diferentes membros do Governo sueco, caso dos ministros dos Negócios Estrangeiros, da Integração e das Migrações e da Defesa Nacional.
“Estivemos com a secretária de Estado dos Assuntos Europeus [Paula Carvalho Olovsson], que é também lusodescendente. Estes encontros permitiram percorrer a agenda bilateral em várias áreas e também assinalar as posições muito próximas entre Portugal e a Suécia, quer dentro da União Europeia, quer nas Nações Unidas”, acrescentou.
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