“Sábado [dia das eleições internas] vai ser o primeiro dia da recuperação do PSD, do reconquistar do estatuto de partido com vocação maioritária de Governo, para dar uma alternativa política ao Partido Socialista (PS)”, afirmou Montenegro, após visitar uma empresa têxtil no concelho de Guimarães, distrito de Braga.

Para Montenegro, um dos dois candidatos à liderança do PSD, o PS “tem governado mal o país”.

“O Partido Socialista nos últimos 27 anos já deixou uma vez o país no pântano, já deixou outra vez o país na bancarrota, e, hoje, está a deixar Portugal, com o doutor António Costa, com uma marca, que é a marca do empobrecimento: cada vez estamos mais na cauda da Europa, cada vez temos salários mais baixos, cada vez pagamos mais impostos ao Estado e cada vez recebemos menos serviços públicos de qualidade e com eficiência”, afirmou Luís Montenegro.

Nesse sentido, esta situação “exige que o PSD cumpra a sua tarefa de oposição e a sua missão de ser uma alternativa no futuro”.

“Somos um projeto de poder para Portugal, somos um projeto de vitória para Portugal. E é verdade que isto vai fazer mexer algumas estruturas que querem que tudo continue na mesma. Mas nós estamos aqui para mudar Portugal. Portanto, preparem-se: é isto que vai acontecer no sábado, e é isto que vai acontecer a seguir a sábado”, vaticinou Montenegro.

Quanto à campanha eleitoral para as eleições internas do partido, Luís Montenegro mostrou-se “particularmente satisfeito” com a forma como a mesma decorreu, durante a qual teve mais de 40 encontros com militantes e contactos com personalidades, instituições e empresas.

A dois dias das eleições internas, Luís Montenegro fez um “balanço muito positivo” da campanha, também porque sentiu “uma grande mobilização interna, em particular dos militantes mais jovens”.

“Mas é evidente que tudo isto agora tem de se traduzir numa votação expressiva, que é aquilo que desejo que todos possam fazer no próximo sábado. É também um apelo que faço a todos os militantes para exercerem o seu direito de voto, para tomarem a sua opção, qualquer que ela seja”, vincou Montenegro.

Questionado sobre as críticas do seu adversário, Jorge Moreira da Silva, quanto ao facto de não ter demonstrado vontade para debates a dois, Montenegro refutou a acusação, dizendo que tem um projeto para o país.

“Tenho um projeto para governar Portugal, tenho um projeto para reerguer o PSD, tenho um projeto para fazer o PSD, outra vez, a força motora do sociedade, para que tenhamos mais crescimento, mais criação de riqueza e que, com isso, possamos dar mais oportunidades”, destacou Montenegro.

Para Luís Montenegro, “nunca houve uma campanha eleitoral interna do PSD, com o regime de eleições diretas, com mais do que um candidato, com a elevação que esta teve”, desvalorizando alguma eventual tensão que possa ter existido entre as duas candidaturas.

“Mesmo não tendo sido responsável por nenhum desses episódios com alguma tensão, estou muito à vontade para, no global, me integrar naquilo que foi uma campanha elevada, participada, que , espero, possa culminar, no sábado, com um índice de participação alta e com uma votação expressiva no candidato vencedor, que, tenho a expectativa que seja eu”, declarou Montenegro.