Num comunicado hoje divulgado, a transportadora voltou “a apelar ao primeiro-ministro português, António Costa, para que tome medidas imediatas e exija à TAP a libertação de 18 slots diários — que não pode, nem irá utilizar, no verão 2022 –, de forma a permitir a operação da Ryanair com sete aviões baseados em Lisboa, poupando 20 rotas, um milhão de passageiros e 250 milhões de euros gastos por visitantes em Lisboa no verão 2022”.
De acordo com a Ryanair, “a menos que o primeiro-ministro intervenha esta semana para libertar os ‘slots’ não utilizados pela TAP — apenas para o verão 2022 –, a Ryanair será forçada a reduzir sete aviões para quatro, na sua base no Aeroporto da Portela, em Lisboa, no final desta semana, e com isto perder um milhão de passageiros, 150 postos de trabalho e mais de 250 milhões de euros de despesas turísticas em Lisboa”.
Citado na mesma nota, o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, disse que a empresa escreveu “ao primeiro-ministro, António Costa, a 16 de fevereiro, pedindo-lhe que agisse antes do final de fevereiro”, mas, até hoje não recebeu qualquer resposta.
“Por essa razão, volto a solicitar ao primeiro-ministro que intervenha urgentemente para salvar estes aviões, rotas, passageiros, e postos de trabalho em Lisboa, para o verão 2022”, referiu.
Segundo Michael O’Leary, “a Ryanair não precisará destes ‘slots’ após o verão 2022, uma vez que a TAP será forçada, pela Comissão Europeia, a libertar 18 ‘slots’ diários, a partir do inverno de 2022”.
“Uma vez que a TAP não utilizará estes ‘slots’ no verão 2022, estes serão desperdiçados, a menos que o primeiro-ministro intervenha e solicite à TAP o empréstimo destes ‘slots’ à Ryanair, apenas para o verão, para salvar 20 rotas, um milhão de visitantes, e os 250 milhões de euros gastos por estes, em Lisboa”, reforçou.
De acordo com o gestor, caso a companhia não obtenha “uma resposta positiva” do gabinete do primeiro-ministro, a 04 de março, “estes aviões e rotas em Lisboa serão cancelados apenas para o verão 2022”.
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